Coleção Folha de Música Clássica

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11 - Dvorák

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Colaboração para a Folha Online

Paixão em família

Em 1862 Antonín Dvorák tornou-se o principal violista da orquestra do Teatro de Praga, posto que ele viria a ocupar por sete anos. Para completar a renda mensal, o compositor ministrava aulas para pessoas da alta sociedade da cidade. Nesta época, ele se apaixonou por uma de suas alunas, a atriz Josefina Cermakova. Para expressar a angústia que sentia por não ter a paixão correspondida, pelo fato de Josefina ser casada com outro homem, ele compôs, em 1865, Cypress Trees, com 18 músicas. A obra marcou uma fase de progresso no trabalho do compositor. Quase dez anos depois, Dvorák casou-se com a irmã mais nova de Josefina, Anna Cermakova, também uma de suas alunas.

Reconhecimento pela obra

O compositor foi a Inglaterra nove vezes, geralmente para apresentar e dirigir obras próprias. Logo na primeira visita, em 1884, foi nomeado membro de honra da Sociedade Filarmônica de Londres. Sete anos depois, recebeu o título de doutor honoris causa de música pela Universidade de Cambridge. Estas não foram as únicas premiações que recebeu em vida: em 1891, a Universidade de Praga também concedeu ao compositor o título de doutor honoris causa. Neste mesmo ano, Dvorák ganhou uma cadeira acadêmica na Academia de Ciências e Belas Artes da Tchecoslováquia e na de Berlim.

Dvorák e a cultura norte-americana

Dvorák foi diretor do Conservatório Nacional de Música de Nova York por três anos, de 1892 a 1895. Durante este período, tornou-se amigo de Harry Burleigh, que mais tarde viria a se consagrar como um importante compositor afro-americano. Dvorák ensinou composição a Burleigh, e, em troca, Burleigh passou horas cantando tradicionais American spirituals ao músico tcheco. O compositor afro-americano compôs uma série de obras baseadas nos black spirituals americanos que traziam a influência das técnicas de composição ensinadas por Dvorák.

Cultura popular de massa

A produção musical de Dvorák, além de ultrapassar as barreiras do leste europeu, também faz parte da cultura popular de massa. O trabalho do compositor está presente em ao menos 74 produções cinematográficas e programas de televisão. Entre os filmes está o famoso O povo contra Larry Flynt (1996), dirigido por Milos Forman, com duas músicas: "Fanfare and March", da ópera Dalibor, e "Polonaise", da ópera Russalka.

     
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