Coleção Folha de Música Clássica

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Antonio Lucio Vivaldi

Veneziano troca batina pela música

Colaboração para a Folha Online

O amor à arte e a coragem em romper as regras vigentes na sociedade veneziana do final do século 17 e início do 18, certamente, foram as marcas principais na trajetória de Antonio Lucio Vivaldi. Suas melodias agradavam a minoria intelectual e despertavam interesse em pessoas que, até então, se mantinham distantes da música. Não tardou para que Vivaldi se popularizasse em toda Europa, inclusive na França que, na época, vivia mergulhada em seu valores nacionais.

Sem temer críticas, o músico inovou em suas composições,iluminando a estrutura formal e rítmica do concerto. Também buscou contrastes harmônicos, resultando em originalidade. Uma irreverência que fez dele um dos maiores talentos do período barroco. No âmbito pessoal, a mesma ousadia escandalizava a sociedade conservadora. O músico vivia cercado por uma legião feminino e, em especial, contava com a inseparável companhia de sua jovem aluna e cantora Anna Giraud. A história diz que somente a morte de Vivaldi os separou, mas o compositor nunca se casou.

Primogênito em uma família de sete filhos, Vivaldi nasceu no dia 4 de março de 1678 na cidade de Veneza, Itália. Ainda na infância, demonstrara vocação musical, influenciado pelo pai que era violinista e barbeiro. Giovanni, o patriarca, matriculou o filho, ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar seus conhecimentos com as notas musicais e, ainda, o induziu a estudar Teologia.

Missão parcialmente cumprida. Aos 25 anos, o compositor italiano foi ordenado padre, mas um ano depois abandonou a batina para dedicar-se apenas à música. Em sua cidade natal, Vivadi assumiu o cobiçado cargo de professor de violino no Ospedale della Pietà, instituição religiosa que fornecia abrigo e formação musical para meninas carentes. Foi nesse respeitado conservatório que compôs e apresentou o melhor de sua obra para reis e rainhas. Isso lhe rendeu prestígio e fama internacional.

Começou no teatro não apenas como compositor, mas também como empresário, em 1713, quando sua primeira ópera, Ottone in Villa, foi encenada em Vicenza. Tornou-se um grande agitador cultural na Europa. Produziu uma obra extensa: cerca de 500 concertos (em versões para diferentes instrumentos musicais), 73 sonatas, 47 óperas e dezenas de motetos. Sua mais famosa série de concertos, As quatro estações, é até os dias de hoje uma das obras mais executadas no mundo inteiro.

Pouco tempo antes de morrer, foi proibido de entrar em Ferrara por um cardeal, que o considerava uma pessoa indigna. Com a reputação abalada, aos poucos suas obras deixaram de ser apresentadas. Falido, decidiu viajar em 1740 para o norte da Europa com a intenção de reconstruir sua carreira, mas suspeita-se que ele tenha sido expulso pelo governo da República de Veneza por motivos políticos.

De qualquer modo, a fuga e o desejo de recomeçar de Vivaldi foram interrompidos em Viena aos 28 dias de julho de 1741, quando morreu inesperadamente. Seu corpo foi enterrado numa vala comum, sem rituais, em total obscuridade.

     
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