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Edvard Grieg

"Chopin do Norte" põe Noruega no mapa

Colaboração para a Folha Online

"Toda a arte verdadeira surge do ser humano". Este foi o lema que acompanhou a carreira de Edvard Grieg, o compositor que colocou a Noruega no mapa mundial da música, ao elegê-la como fonte de inspiração. O "Chopin do Norte", como muitos o chamam até hoje, nasceu em 1843, em Berger, uma cidadezinha portuária ao sul do país.

De uma família tipicamente burguesa do século 19, desde pequeno Edvard demonstrou interesse pelo piano. Mesmo tendo a mãe, uma excelente pianista, como professora, preferia aprender sozinho a seguir uma disciplina. Quando criança, era comum ficar horas a frente do instrumento, descobrindo e experimentando todos os tipos de manifestações sonoras. "Por que não começar se lembrando da satisfação maravilhosa, quase mística, de esticar os braços até o piano e produzir? Não uma melodia, longe disto!", relatou ao recordar-se dos primeiros contatos com a música.

Foi o maior ídolo de infância, Ole Bull, um famoso violinista, quem deu o impulso inicial na carreira do compositor. Impressionado com o talento do menino, na época com 15 anos, Bull convenceu os pais de Edvard a enviá-lo ao Conservatório Musical de Leipzig (Alemanha), o melhor e mais moderno centro musical da Europa. "Você vai para Leipzig para se tornar um artista!", informou o violinista.

Lá ele ficou por quatro anos (de 1858 a 1862). Conheceu a tradição musical européia e descobriu que o seu objetivo sempre fora compor uma música verdadeiramente norueguesa. Pensando nisso, partiu para Copenhague, na época a única cidade escandinava com rica vida cultural. Neste período, conheceu os dinamarqueses J.P.E. Hartman e Niels Gade, além do norueguês Rikard Nordraak, importantes compositores, que se tornariam grandes amigos e influências.

Foi também em Copenhague onde reencontrou a prima Nina Hagerup, excelente cantora, por quem se apaixonou logo de início. Mesmo com a reprovação de ambas as famílias, engataram um namoro secreto e, em 1865, ficaram noivos. Para comemorar, ele a presenteou com quatro canções (Melodias do coração op. 5), sobre poemas de um amigo em comum. Edvard e Nina casaram-se no ano seguinte. Uniões matrimoniais entre primos não eram vistas com bons olhos, e, talvez por isso, nenhum parente compareceu à cerimônia.

Pouco depois, em 1868, nasceu Alexandra, única filha do casal. A menina morreu ainda bebê, aos 13 meses, vítima de meningite. A perda da criança motivou Nina e Grieg a viverem praticamente o resto da vida pulando de cidade em cidade, entre um espetáculo e outro, durante longos anos.

Mesmo com apenas um pulmão, devido a uma pleurite (tipo de tuberculose) desenvolvida na época do conservatório, Grieg dedicou muito tempo às viagens e recebeu aplausos das maiores metrópoles musicais, como Leipzig, Praga, Berlim, Londres e Paris. Além de famoso, ficou relativamente rico.

Grieg morreu de esgotamento crônico, aos 64 anos, em 4 de setembro de 1907, em Bergen. O funeral levou centenas de pessoas às ruas de sua cidade natal. Os restos mortais do compositor e da esposa, Nina, estão enterrados em uma montanha próxima de Troldhaugen, pequena chácara onde o casal morou até o final da vida. Hoje, o local abriga o museu dedicado ao compositor.

     
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