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Léo Delibes

Francês é referência em óperas cômicas

Colaboração para a Folha Online

Clément Philibert Léo Delibes é o maior compositor francês de música para balé. Especializou-se nas óperas cômicas e operetas (de temáticas leves), embora tenha sido reconhecido também pelas suas óperas sérias.

Suas músicas suaves, refinadas, se harmonizavam com o gosto da corte e da aristocracia do Segundo Império francês: Delibes é um compositor típico do palco, do teatro.

Apesar de não sair muito do modelo convencional, o artista encantou e ainda encanta multidões. Balés como "Coppélia" e "Sylvia" são encenadas até hoje. Composições como "Dueto das Flores" ficaram famosas em trilhas sonoras de comerciais da companhia aérea British Airways enquanto as operetas foram utilizadas em filmes, como a comédia romântica "Casamento Grego" (2002).

Por meio da música, Delibes superou uma precoce tragédia: a perda do pai, empregado dos correios, quanto tinha 11 anos.

Nasceu em 21 de fevereiro de 1836 em Saint Germain du Val, criado pela mãe, professora de música, e pelo tio, Édouard Baptiste, organista. O avô materno cantava óperas. A educação musical de Delibes começou naturalmente dentro de casa.

Muda-se com a família para a capital francesa em 1847, após a morte do pai. Três anos depois conquista seu primeiro prêmio sobre órgão.

Com apenas 13 anos, participa da estréia de "O Profeta", de Giacomo Meyerbeer, na Ópera de Paris, no período em que integrava o coro da igreja Sainte Marie Madeleine.

Ingressa em seguida no conceituado Conservatório de Paris e estuda órgão com François Benoist e com o compositor de ópera Adolphe Charles Adam. Ainda no conservatório, pratica aulas de canto, embora o Delibes organista já superasse muito o Delibes cantor.

Ainda na década de 1850, Delibes torna-se organista na igreja Saint Pierre de Chaillot e membro da prestigiosa Ópera de Paris _ atingindo o título de segundo mestre de coro a partir de 1864.

Seu primeiro ensaio dramático em palco e a primeira de suas operetas, "Deux sous de charbon", é muito bem recebido pela crítica e pelo público em 1856 e abre caminho para uma série de trabalhos do gênero.

Apesar dos trabalhos bem-sucedidos, Delibes, àquela altura, ainda era visto apenas como um organista _a partir de 1862 é efetivado na igreja Saint Jean Saint François.

A guinada ocorreu em 1866, após uma bem-sucedida apresentação da obra "Alger" para ninguém menos que o homem mais poderoso da França naquele momento, Napoleão 3º.

Logo depois desse concerto, Delibes aproveitou a chance para trabalhar em um balé importante, "La Source", junto com o renomado compositor Léon Minkus. Foi sua primeira grande composição para o balé.

Em seguida vieram os balés sinfônicos superpopulares como "Coppélia" (1870) e "Sylvia" (1876), um de seus trabalhos mais famosos e que exerceram influência direta em Tchaikovsky.

Delibes já alcançara a fama e o reconhecimento. Suas composições no estilo "música de igreja" foram, aos poucos, deixadas de lado. Delibes rumava agora para as chamadas óperas sérias.

Estreou a ópera "Lakmé" (1883), umas das mais brilhantes e elogiadas. Essa obra ganhou rápida notoriedade e ficou, à época, tão famosa quando "Carmem", de Bizet.

Mudanças

O ano de 1871 foi marcado por algumas mudanças, após a fama. O compositor deixa o cargo de organista da igreja de Saint Pierre de Chaillot. Ainda naquele ano, casa-se com Léontine Estelle Denain e abandona o coro da Ópera de Paris.

Nos últimos anos de vida, Delibes centrou-se no ensino de composições. Em 1881 garantiu uma cadeira de professor no Conservatório de Paris e, em 1884, substituiu Victor Massé no Instituto Francês.

Sua última ópera, "Kassya", foi orquestrada por Jules Massenet, após sua morte. Delibes morreu em 16 de janeiro de 1891, em Paris, de causa desconhecida.

     
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