Coleção Folha de Música Clássica

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Franz Joseph Haydn

Igreja e baile atraem pai da sinfonia

Colaboração para a Folha Online

Franz Joseph Haydn é considerado o "Pai da Sinfonia". Compôs mais de 100 delas, além de 83 quartetos de cordas e dezenas de criações em diversos gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. Morreu aos 77 anos e passou, pelo menos, meio século trabalhando pela música. O segundo movimento de seu Quarteto “Imperador”, de 1797, foi posteriormente adotado como Hino Nacional da Alemanha.

Até os seis anos de idade, Haydn morou na vila de Rohrau, na Áustria, local onde nasceu em 31 de março de 1732. Depois viveria definitivamente em Viena, onde passou a maior parte de sua carreira na condição de músico da importante família Esterházy. Na corte, Haydn compunha música para festas e recepções.

De origem humilde, aprendeu a tocar vários instrumentos e a cantar, incentivado por seu pai, Matthias Haydn, entusiasta da música folclórica. A convite de Johann Matthias Franck, mestre de capela em Hainburg, o garoto, com seis anos, seguiu para Viena onde estudou cravo e violino. Dois anos mais tarde, integrou o coro de meninos da Catedral de Santo Estêvão. Aos 17, com a mudança de voz, foi demitido do grupo. Para sobreviver, deu aulas e tocou órgão nas igrejas e violino em bailes e tavernas.

Durante esse período, como musicista autônomo, conheceu o compositor italiano Niccolò Porpora, com quem aprendeu os principais fundamentos da composição. Escreveu seu primeiro quarteto de cordas e, em 1752, a ópera cômica O diabo coxo. Sua reputação crescia gradualmente.

Em 1759, foi nomeado diretor musical da câmara do conde Karl von Morzin, da Boêmia. Nesse cargo, escreveu suas primeiras sinfonias. Em 1761, Haydn é contratado, pelo príncipe Paul Anton Esterházy, como mestre de capela assistente. Em 1766, tornou-se o titular do cargo, com a morte de seu antecessor.

Impressionado pelas obras do Mozart, por volta de 1781 Haydn inicia uma sólida amizade com o jovem gênio. Nesta época, Haydn parou de compor óperas e concertos --precisamente os dois gêneros em que Mozart mais se destacou. Mozart, em contrapartida, escreveu seis quartetos dedicados a Haydn.

A vida de Haydn tomaria um novo rumo no ano de 1790. Com a morte do príncipe Nicolau Esterházy, que foi sucedido por um outro que não gostava de música, Haydn pôde aceitar a oferta do empresário alemão Johann Peter Salomon, para ir à Inglaterra e reger suas novas sinfonias com uma grande orquestra. A viagem foi um sucesso. Musicalmente, as visitas renderam algumas das mais famosas obras de Haydn, conhecidas como as “Sinfonias Salomon” ou “Sinfonias de Londres”.

Quase a ponto de tornar-se um cidadão inglês, o músico decidiu voltar para Viena, onde construiu uma casa e dedicou-se à composição de grandes obras religiosas para coro e orquestra. Entre elas estão as seis missas dedicadas à família Eszterházy, cujo príncipe era novamente inclinado à música.

A partir de 1802, Haydn dá sinais de debilidade física e fica impossibilitado de compor. Isso o deprimiu, porque novas inspirações lhe acometiam a todo instante. O compositor foi amparado por seus empregados e recebeu muitos visitantes e honras públicas durante esse tempo. Faleceu em 1809, após a tomada de Viena pelo exército francês de Napoleão Bonaparte.

     
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