Coleção Folha de Música Clássica

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11 - Dvorák

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Antonin Dvorak

Contexto histórico

Colaboração para a Folha Online

No século 19 a classe média da Boêmia e Moravia, duas províncias tchecas, estava quase totalmente germanizada. A língua e os costumes alemães eram encarados como os de uma sociedade superior e desenvolvida. Tendia-se a ver o tcheco com desprezo, como língua primitiva dos camponeses e dos servos.

Unindo-se à explosão nacionalista que vinha de vários países vizinhos --com as mudanças no continente nos anos 1840, o nacionalismo tornou-se tema dominante da Europa-- ao início da industrialização --fator que atraiu para as cidades um efetivo humano que não falava alemão--, o idioma tcheco e a cultura popular nativa voltaram aos grandes centros urbanos.

Neste momento, quando ainda não se tinha enraizado a necessidade da criação de uma arte com características nacionais específicas, surgiu Antonin Dvorák. Assim como o norueguês Edvard Grieg, o compositor tcheco foi um dos responsáveis por colocar a sua nação no mapa da cultura mundial, além de retomar as tradições do país, deixadas de lado por um longo tempo.

Ele integra a lista dos compositores do romantismo, mais precisamente de um período denominado segundo romantismo (de 1850 a 1890). Gêneros musicais considerados decadentes, como a ópera, a sinfonia e a música de câmara, voltaram a ocupar os grandes teatros da Europa. Além da preocupação com a forma, esta etapa evocou, como citado anteriormente, um forte sentimento nacionalista.

Tendo como um dos maiores aliados Johannes Brahms, o compositor tcheco uniu a preocupação formal do mestre hamburguês ao nacionalismo, usando melodias de tradições folclóricas tchecas e eslovacas, danças típicas, ritmos populares e elementos da natureza do seu país em composições como sinfonias, concertos e quartetos de cordas.

No entanto, as primeiras obras de Dvorák têm influência na música do compositor austríaco Franz Schubert e do alemão Ludwig van Beethoven. Mas no decorrer da carreira, baseou-se em trabalhos de Richard Wagner, o chamado precursor do chamado segundo romantismo.

O compositor tcheco tomou Wagner como fonte de influência em todas as suas óperas, gênero ao qual se dedicou nos últimos anos de sua vida. "Nos últimos cinco anos só escrevi óperas. Quis dedicar todas as minhas forças, enquanto o senhor Deus me desse saúde, a compor óperas. Não pelo desejo vaidoso de obter glória nos teatros, mas porque considero a ópera a forma de criação musical mais adequada para o meu povo", disse Dvorák a uma entrevista ao jornal vienense Die Reichswehr, dois meses antes de sua morte.

Além disso, durante a época que foi diretor do Conservatório Nacional de Música de Nova York (de 1892 a 1895) entrou em contato com os black spirituals, utilizando-os -- aliados à cultura checa -- na criação de importantes trabalhos. Foi neste período que compôs duas de suas obras mais famosas: a Sinfonia nº 9 ("Sinfonia do Novo Mundo) e o Quarteto em fá maior, conhecido como "Quarteto americano", ambas em 1893.

     
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