Johannes Brahms
Críticos dividem obra em quatro fases
Colaboração para a Folha Online
No período em que o nacionalismo ganha força na Europa, e em especial na Alemanha, surgem, na segunda metade do século 19, dois grandes nomes no cenário musical germânico: Johannes Brahms e Richard Wagner.
"Inimigos" musicais, no que se refere à forma, um complementou o outro em termos de gêneros, e ambos dominaram a música do segundo período da escola romântica alemã.
Brahms dedicou-se a todas as formas, exceto ao balé e à ópera. Considerado conservador por muitos contemporâneos, o compositor conseguiu unir a preocupação formal do classicismo a uma expressão romântica de música pura.
Os críticos dividem a obra de Brahms em quatro partes. Na primeira, a fase da juventude, o músico apresenta um romantismo áspero e vigoroso, como no Primeiro concerto para piano. A segunda diz respeito à consolidação como compositor, quando toma gosto pelo estudo dos clássicos, o que podemos ver no Réquiem Alemão, de 1868.
A outra etapa é a da maturidade, quando ele alcança a perfeição formal e equilíbrio, época das obras sinfônicas e dos corais. A última fase refere-se ao final da vida do compositor, quando as obras ficam mais simples e concentradas, como no Quinteto para clarinete.
Brahms dedicou grande parte de sua produção ao piano, principalmente na juventude e na velhice, e utilizou com grande maestria a forma do tema com variações.
Mas o gênero do compositor por excelência foi a música de câmara, tendo exemplos primorosos nas quatro fases de sua criação. Brahms também foi um grande compositor de canções, e explorou, já na etapa mais madura da carreira, obras orquestrais, cujos exemplos máximos são as quatro sinfonias.
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