Igor Stravinsky
Contexto histórico
Colaboração para a Folha Online
O trabalho de Stravinsky passa por três fases ao longo de sua carreira. O período de transição é nítido para os estudiosos de seus trabalhos.
No início buscou a música de origem russa. Depois passou a utilizar o estilo neo- clássico, valorizando as regras e princípios dos artistas europeus do século XVIII. Já no final deu mais importância ao serialismo de Webern.
Os diversos períodos políticos que atravessaram em meio a sua carreira refletiram não só na música, mas também no pensamento do artista.
Não foi nada fácil, por exemplo, quando teve de sair da França, fugindo da Primeira Guerra, para viver com a família na Suíça. O estilo convencional deste novo público o obrigou a deixar de lado toda sua inovação artística, típica do modernismo, para utilizar temas mais amenos e tradicionais.
América
No início da década de 40 já estava em solo americano. As guerras e mudanças sociais que abalavam o mundo se refletiam cada vez mais nos trabalhos artísticos. Era inevitável que mais uma vez Stravinsky modificasse seu estilo de compor.
Os músicos por mais clássicos que fossem concordavam que soava falso demais continuar utilizando regras passadas.
Foi quando Stravinsky, sob a influência do regente Robert Craft, decide introduzir à sua obra o dodecafonismo (música serial).
O dodecafonismo serial nada mais é do que o sistema dos 12 sons, que evita as repetições de notas e cadências harmônicas típicas da música tonal: não se escuta uma nota duas vezes antes de ouvir as outras 11.
Ao invés de melodias, as obras se tornam composições de timbres onde cada som é valorizado na sua individualidade.
Em algumas de suas peças é possível encontrar também a influência do jazz norte-americano.
A amizade com Craft se tornou tão forte que escreveram juntos uma série de livros, com temas musicais e biográficos.
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