Coleção Folha de Música Clássica

1 - Mozart 2 - Chopin 3 - Beethoven 4 - Tchaikovsky 5 - Mendelssohn 6 - Schubert 7 - Mahler 8 - Rossini 9 - Wagner 10 - Schumann 11 - Dvorák 12 - Rimsky-Korsakov 13 - Berlioz 14 - Vivaldi, Pachelbel e Bach 15 - Haydn 16 - Bernstein 17 - Bach 18 - Strauss 19 - Stravinsky 20 - Villa Lobos, Gomes, Moncayo e Ginastera 21 - Brahms 22 - Bizet e Grieg 23 - Prokofiev 24 - Gershwin, Ravel e Debussy 25 - Beethoven 26 - Strauss 27 - Puccini 28 - Delibes 29 - Tchaikovsky, Grieg e Mozart 30 - Haydn 31 - Mozart 32 - Debussy 33 - Franck 34 - Chopin 35 - Schubert 36 - Mahler
9 - Wagner

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Richard Wagner

Contexto histórico

Colaboração para a Folha Online

Até 1871, a Alemanha não existia como um Estado unificado. Mesmo que a música sempre houvesse exercido papel predominante na vida germânica, a ausência de uma capital centralizada não possibilitava a existência também de uma cidade única, para a qual se concentrasse a produção artística da época. No século 19, o sentimento nacionalista vai alimentar, em toda Europa, a busca de uma identidade própria, principalmente no campo da arte.

Foi justamente Richard Wagner quem contribuiu, em grande estilo, para a criação de uma identidade nacional alemã. Nome de proa da corrente progressista do chamado "segundo Romantismo", poucos compositores exerceram impacto tão profundo sobre a história da música quanto ele.

A Wagner coube a missão de revolucionar a ópera do país e do mundo, de torná-la mais envolvente. A evolução veio não apenas em relação à independência dos modelos estrangeiros, mas também ao transformar a ópera em um gênero tão inovador que acabou por influenciar compositores de todas as épocas.

Wagner lutou arduamente contra a ópera italiana tradicional. Em sua obra, deu maior destaque à orquestra, escreveu textos de extrema qualidade e introduziu o leitmotiv --pequeno tema que identifica musicalmente situações, personagens e sentimentos--, usado pela primeira vez na ópera Lohengrin (1848). Como temas, adotou a mitologia germânica e escandinava.

Em relação à harmonia, o compositor também foi revolucionário. O cromatismo --modulação constante de um tom a outro-- utilizado em obras da maturidade, tornou-se base das experiências de toda a música moderna. Não é à toa que foi consagrado, junto a Franz Liszt, com o criador da "música de futuro".

     
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