Coleção Folha de Música Clássica

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Edvard Grieg

Artista tem desempenho escolar negativo

Colaboração para a Folha Online

Truque além da música

Aos 10 anos Edvard Grieg começou a freqüentar uma escola na região de Berger. Desde o início, demonstrava profunda antipatia pelas disciplinas da instituição --não gostava das regras, das obrigatoriedades e das lições repetitivas. Sempre procurava arranjar alguma desculpa para não ir ao colégio. Um dia, ele percebeu que os alunos que chegavam molhados pela chuva, freqüente principalmente durante o verão, eram dispensados das aulas. A partir desde momento, adotou uma prática: todo dia, no caminho de casa para a escola, ficava alguns minutos embaixo das goteiras das calhas para molhar as roupas. O truque deu certo por um longo período, e só foi descoberto quando ele apareceu todo encharcado diante do professor em um dia que não havia chovido.

Almas gêmeas

"Eu me apaixonei por uma garota que tinha uma voz maravilhosa e um grande talento para interpretação. Essa jovem tornou-se minha mulher e minha companheira de toda a vida. Além disso, para mim, eu tenho de admitir, ela é a genuina intérprete de minhas músicas". A declaração foi dada por Edvard Grieg a um de seus biógrafos, o norte-americano Henry Fincke, em 1900. A adoração do compositor por Nina Hagerup foi fonte de inspiração para todas as suas canções. De acordo com o biógrafo, para Grieg, mesmo não sendo a única fonte e a única intérprete, ela sempre influenciou, involuntariamente, na criação de suas composições. Como cantora-intérprete e esposa-companheira, Nina contribuiu para a evolução da obra de Grieg.

Destaque na Dinamarca

Durante o período que morou em Copenhague, Grieg se aproximou de diversos compositores reconhecidos, entre eles Niels W. Gade, que ocupava a posição do mais proeminente da Escandinávia. Depois de concluir sua única sonata para piano e sua primeira sonata para violino, Grieg mostrou as partituras para Gade dar seu parecer. As pessoas próximas a Gade diziam que quando ele ficava extremamente inspirado com alguma coisa, costumava beber muita água. Neste dia, o maestro esvaziou quatro garrafas enormes.

Mozart desde a escola

Além de não gostar da escola, Grieg nunca foi um bom aluno e tinha péssimas notas. Para ele, a descoberta da música estava acima de todos os outros aprendizados. Não foi à toa que foi apelidado de "Mosak" por seus colegas de classe. Em uma ocasião, durante uma aula, o professor perguntou à turma quem havia composto a obra Requiem. Imediatamente, Grieg respondeu: Mozart. Os outros alunos, que nunca tinham ouvido falar no compositor, estranharam o fato de Grieg saber responder a questão, já que nunca havia se manifestado em relação a nenhum outro assunto dentro da sala de aula. A partir de então, o garoto ficou conhecido por "Mosak", em alusão ao músico.

Grieg e o Brasil

Poucos sabem que Grieg contribuiu como fonte de inspiração para o desenvolvimento da música clássica brasileira. Alberto Nepomuceno (1864-1920), um dos mais importantes compositores brasileiros --considerado um dos mestres de Heitor Villa-Lobos-- conheceu o norueguês durante uma visita a Berger. O contato com Grieg influenciou fortemente o trabalho do brasileiro, despertando-o para a riqueza cultural do Brasil. A marca de Grieg na obra de Nepomuceno pode ser notada inclusive nas denominações de suas criações. Ambos compuseram "peças líricas" para piano. Outra semelhança aparece em Suíte antiga de Nepomuceno, que, como a Suíte de Holberg (Suíte em estilo antigo) de Grieg, foi inicialmente escrita para piano antes de ser orquestrada. Mas a mais importante característica adotada pelo brasileiro foi o uso do folclore e do idioma nacional em músicas e encenações.

Grieg e a cultura popular

A obra de Grieg não se limita apenas aos cenários eruditos. Muitas de suas composições, a maioria para a peça Peer Gynt, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, estão presentes em 57 produções cinematográficas, programas e séries televisão. Entre os filmes estão M, o vampiro de Dusseldorf (1931), com In the Hall of the Mountain King, e Baby (1995), com Lyric piece no. 28 (op. 47 no. 6). Além disso, "Morning Mood" é constantemente usada na programação da Warner Bros. Cartoons, já que os direitos da música foram adquiridos pela produtora.

     
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