Georges Bizet
Obra é explorada como toque de celular
Colaboração para a Folha Online
Carmen no cinema
Poucas histórias foram tão filmadas quanto Carmen. Uma das primeiras adaptações da obra para as telas foi feita ainda nos tempos do cinema mudo, por Charles Chaplin (Charlie Chaplin's Burlesque on Carmen), em 1916. Assim como Chaplin, que transformou o trágico enredo original em uma comédia, nem sempre as adaptações seguiram a história ao pé da letra. Nos anos 80, o francês Jean-Luc Godard transformou a cigana Carmen em uma guerrilheira assaltante de bancos.
Bizet no celular
A obra de Bizet, considerada imoral em seu tempo, tornou-se hoje um dos temas mais freqüentes em aparelhos celulares em todo o mundo. A melodia de "Habanera" e de "Canção do Toureiro", ambas da Suíte n. 2 de Carmen, estão disponíveis em praticamente todos os modelos de aparelhos comercializados pelos principais fabricantes de telefones móveis do planeta.
Nietzsche, fã de Bizet
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) era apaixonado pela obra de Georges Bizet, especialmente pela ópera Carmen. Ele dizia ter assistido a ela dezenas de vezes. "Assistir Carmen foi um verdadeiro acontecimento para mim", escreveu. "Essa ópera deixou-me uma impressão incomparavelmente trágica. Em relação a Tristão e Isolda e aos sentimentos rebuscados de Wagner, Bizet compôs a antiópera. Em Tristão, a morte pelo amor é falsa, enquanto o apaixonado Don José, ao apunhalar sua amada, é autêntico", observou.
O (mau) conselho de Liszt
Se dependesse da opinião de Franz Liszt, Georges Bizet nunca teria largado a carreira de pianista para se tornar, ele também, compositor. Quando morou na Itália, após ganhar o Grande Prêmio de Roma, Bizet foi orientado por Liszt a deixar suas composições de lado, até então pouco promissoras, para investir tudo na carreira de instrumentista.
Carmen virou até novela de TV
No Brasil, a história da cigana Carmen tranformou-se em novela de tevê, escrita por Glória Perez, em parceria com Leila Mícolis. Exibida pela extinta TV Manchete, em 1987, a novela trazia Lucélia Santos e José Wilker nos papéis principais. Concorrendo com as superproduções da TV Globo, Carmen não conseguiu arrebatar muita audiência, a não ser nos capítulos em que Lucélia Santos aparecia nua em cena.
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