Johann Pachelbel
Contexto histórico
Colaboração para a Folha Online
No século 16, quando o movimento polifônico passa do mundo vocal para o instrumental, o órgão é o único instrumento capaz de reproduzir a extrema complexidade a que havia chegado a polifonia vocal. Nos séculos 16 e 17, chega ao apogeu o repertório de órgão. Girolamo Frescobaldi fundou a tradição, mantida pelos alemães Johann Jakob Froberg e Johann Pachelbel.
Na função de organista até os últimos dias de sua vida, Pachelbel ganharia reconhecimento mundial. Depois de Nuremberg, sua cidade natal, morou e trabalhou em Viena, Eisenach, Erfurt, Stuttgart e Gotha, onde mostrou seu talento.
Em agosto de 1690, viajou para a cidade de Stuttgart para assumir o posto de organista da corte da Duquesa Magdalena Sibylla de Württemberg. Porém, sua estadia nesta cidade alemã foi curta em função da ameaça da invasão francesa. Então, no outono de 1692, Pachelbel fez as malas e seguiu para Gotha.
Mesmo trabalhando em pequenas cidades, a fama de Pachelbel atravessava a Europa. O compositor foi convidado para ser organista em Oxford, na Inglaterra, mas rejeitou a oferta. Na seqüência, foi convidado a voltar para casa e assumir o posto de organista da Igreja de St. Sebald, antes exercido com competência pelo seu mentor Georg Caspar Wecker, que havia acabado de falecer. As autoridades da igreja estavam tão ansiosas para nomear Pachelbel que decidiram cancelar o processo de seleção e até ajudaram o compositor a pagar as despesas com a mudança.
O gosto pela música foi hereditário na família de Pachelbel. Seus filhos Wilhelm Hieronymus Pachelbel e Charles Theodore Pachelbel tornaram-se organistas e compositores. O primeiro ocupou a posição de organista na St. Sebald, um pouco depois da morte de seu pai. Charles Theodore, na companhia de um outro irmão, Johann Michael, imigraram para América por volta de 1730. Deste modo, a influência de Pachelbel não ficou limitada ao continente europeu.
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