Coleção Folha de Música Clássica

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César Franck

César Franck (1822-1890)

Colaboração para a Folha Online

César Auguste Jean Guillaume Hubert Franck não estava mais vivo para desfrutar de seu reconhecimento. Talvez pelo fato de não ter sido muito ligado às óperas (compôs apenas quatro), numa França que impunha esse estilo e ainda resistente às canções sinfônicas e de câmara.

O fato de ter sido um brilhante teórico – para alguns, Franck foi mais grandioso nessa função do que como compositor – também pode ter contribuído para seu ostracismo.

O artista foi responsável pela afirmação da forma cíclica na música clássica - melodia que se desenvolve em diferentes arranjos. O método, já utilizado por Berlioz e Wagner, foi "reciclado" por Franck, o primeiro compositor a empregá-la na sonata e na sinfonia. Nem assim foi reconhecido. Alguns críticos afirmam que a forma cíclica não foi bem entendida pelo público da época.

Hoje, Franck é considerado um dos principais compositores franceses da segunda metade do século 19. Inserido num momento de virada do romantismo para o pós-romantismo, suas composições acompanharam as rápidas mudanças pelas quais passavam a Europa e contribuíram para uma espécie de "renascimento" da música instrumental na França.

Nascido em Liège (Bélgica) em 10 de dezembro de 1822, construiu toda sua carreira na França, onde passou a maior parte da vida. Seu talento foi desde cedo explorado por seu pai, Nicolas Joseph, um balconista quase sempre desempregado que via no filho uma boa oportunidade para enriquecer.

O jovem Franck estudou na L'École Royale de Musique de Liège, a partir 1830, período em que seu pai organizou uma série de concertos pelo país. Em 1835 a família Franck se muda para a França.

Dois anos depois o músico ingressa no Conservatório de Paris; suas primeiras composições datam desse período. Apesar do seu momento produtivo e do aperfeiçoamento de técnicas românticas, Nicolas Joseph Franck retira o filho prematuramente do conservatório em abril de 1842. César Franck, pensava o pai, não podia perder tempo ali e deveria partir para a consagração nos palcos europeus. Para essa empreitada a família Franck retornou para a Bélgica.

Franck perdia, assim, a oportunidade de conquistar o prestigiado "Prix de Rome", que oferecia uma bolsa para estudos de música clássica em Roma.

Para se livrar de vez das ambições do pai repressor, Franck sai de casa no verão de 1846. Em 1848, também contraindo a vontade do pai, casa-se com Félicité Saillot, cujo nome artístico era Desmousseaux, filha de atores da comédia francesa. Tiveram quatro filhos.

Para se manter, começou a improvisar: deu aulas particulares, em escolas públicas e instituições religiosas, até se tornar organista de Notre Dame de Lorette, em Paris.

A pecha de "improvisador" pegou depois das excelentes improvisações como organista da igreja de Sainte Clotilde, entre 1858 e 1890, com seu órgão Cavaillé-Coll. Religioso, foi antes organista de outra igreja, Saint Jean Saint François (até 1857).

Fracasso e sucesso

César Franck colecionou diversos fracassos ao longo da vida. O primeiro e talvez o mais marcante – que contribuiu para decisão de sair de casa – foi a apresentação da cantata "Ruth", em janeiro de 1846, que recebeu pesadas críticas. O mesmo ocorreu com seu famoso poema sinfônico "As Beatitudes", com as "Six Pièces" (1862), sua primeira grande obra , e a mais popular delas, a "Sinfonia em Re menor".

Se o Franck compositor era considerado pouco criativo, o Franck professor conseguiu respeito. Em 1871, para surpresa de muitos, foi nomeado professor no Conservatório de Paris, substituindo Benoist. Somente após atingir esse posto é que pôde se naturalizar francês, em 1873. Torna-se presidente da Sociedade Nacional de Música, na França, em 1886.

Franck passou a ter um certo reconhecimento no fim da vida. Seu concerto "String Quartet" foi muito aplaudido na Sociedade Nacional de Música, em 1890.

Em maio de 1890, Franck sofreu um acidente de carro e a partir daí sua vida ficou por um fio. Morreu no dia 8 de novembro do mesmo ano por complicações na pleura. Foi enterrado no cemitério Montparnasse, em Paris. Como homenagem, seu jazigo foi adornado com uma escultura de Auguste Rodin.

     
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