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Gustav Mahler

A sinfonia como visão de mundo

Colaboração para a Folha Online

Um homem de poucas palavras, mas de muitas ações. Com este perfil, Gustav Mahler foi considerado o porta voz das transformações musicais na virada do século 20. Considerado pelos estudiosos como um dos grandes regentes da história, Mahler desde cedo já apresentava sinais de seu talento para a música.

Ele passava horas imitando o som das marchas militares (a região em que vivia era disputada por impérios) e estava sempre presente nas apresentações folclóricas do vilarejo onde morava. Começou estudando piano e, aos 10 anos, apresentou-se pela primeira vez em um concerto.

Mahler nasceu numa pequena aldeia chamada Kalischt, localizada na Boêmia (atual República Tcheca), no dia 7 de julho de 1860. Filho do casal Bernard Mahler e Marie Hermann, teve uma infância pobre.

Seu pai era dono de uma taverna, tinha problemas com o alcoolismo e freqüentemente batia na mulher. O compositor teve 14 irmãos e chegou a presenciar a morte de alguns deles, como o querido Ernst. Seu irmão Otto, também músico, suicidou-se em 1895.

O reflexo desse sofrimento também pode ser observado em suas obras. Suas composições são extremamente complexas e filosóficas, e trazem uma visão de mundo muito particular.

Aos 15 anos Mahler foi admitido no tradicional Conservatório de Viena. Apesar de ser um excelente aluno, sofria discriminação por não pertencer à aristocracia e por ser judeu.

Aos 20 anos já atuava como assistente na regência de orquestras que se apresentavam em pequenos teatros provincianos, e em 1885 regeu a famosa Ópera de Praga, o que tornou seu nome mais conhecido no ambiente das orquestras européias.

Respeitado por grandes nomes como Hans von Büllow, foi convidado, em 1892, para reger uma obra de Wagner no Royal Opera House de Londres. Em 1897 ele alcançou o cargo musical mais cobiçado de toda a Europa, a cadeira de Maestro Titular da Ópera Imperial de Viena, onde permaneceu por uma década.

Casou-se em 1902 com Alma Schindler, 20 anos mais jovem e descrita como uma das mais belas mulheres de Viena. Tiveram duas filhas, Anna (1904-1988) e Maria Anna (1902-1907).

Mahler tinha uma família bem estruturada e o trabalho reconhecido, mas nunca estava contente. Melancólico e insatisfeito, confidenciou ao amigo, e também compositor, Jean Sibelius a seguinte frase: “ A sinfonia é o mundo! A sinfonia deve abranger tudo!”. E é incrível que suas sinfonias – obras primas da música do início do século 20 – tenham sido escritas durante as poucas horas vagas que sua carreira de regente lhe proporcionava, em especial em suas férias de verão.

Seu maior desejo era transformar os mais diferentes sons em harmonia pura. Iniciou sua carreira de compositor com a cantata Das klagende Lied e com o ciclo de canções Lieder eines fahrenden Gesellen, e a partir de 1888 – data de sua Primeira sinfonia – passou a dedicar-se de corpo e alma a esse gênero: produziu mais dez sinfonias, deixando a última inacabada.

Duas tristes coincidências, em 1907, mudariam para sempre sua vida. A filha Maria Anna contraiu escarlatina e difteria e morreu. Muito abalado, foi atendido por um médico que diagnosticou uma cardiopatia que foi piorando gradualmente.

Nessa mesma época Mahler demitiu-se da Ópera de Viena e iniciou uma nova fase no Metropolitan Opera de New York. Após um tumultuado período nos Estados Unidos, onde não se acertou com a platéia e músicos americanos, retornou a Viena. Muito doente, Gustav Mahler morreu no dia 18 de maio de 1911. Leia mais
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