Coleção Folha de Música Clássica

1 - Mozart 2 - Chopin 3 - Beethoven 4 - Tchaikovsky 5 - Mendelssohn 6 - Schubert 7 - Mahler 8 - Rossini 9 - Wagner 10 - Schumann 11 - Dvorák 12 - Rimsky-Korsakov 13 - Berlioz 14 - Vivaldi, Pachelbel e Bach 15 - Haydn 16 - Bernstein 17 - Bach 18 - Strauss 19 - Stravinsky 20 - Villa Lobos, Gomes, Moncayo e Ginastera 21 - Brahms 22 - Bizet e Grieg 23 - Prokofiev 24 - Gershwin, Ravel e Debussy 25 - Beethoven 26 - Strauss 27 - Puccini 28 - Delibes 29 - Tchaikovsky, Grieg e Mozart 30 - Haydn 31 - Mozart 32 - Debussy 33 - Franck 34 - Chopin 35 - Schubert 36 - Mahler
14 - Vivaldi, Pachelbel e Bach

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Antonio Lucio Vivaldi

Contexto histórico

Colaboração para a Folha Online

Além do talento musical nato de Vivaldi, a geografia também colaborou para promover o sucesso do compositor. Na época de seu nascimento, na verdade, não existia uma Itália unificada. A cidade de Veneza e região formavam uma república independente --a Sereníssima Reppublica, ducado próspero muito ligado às artes.

Durante o século 18, Veneza converteu-se no espaço europeu de diversões, para o qual convergiam elementos de todas as nacionalidades, inclusive atraídos pelo seu famoso carnaval. Mas foi o estilo Barroco que transformou a Itália no centro cultural da Europa. Na música, este período foi caracterizado especialmente pela consolidação dos gêneros musicais eruditos, tais como o concerto, a abertura, a ópera, o oratório, a cantata e a fuga.

A presença de instrumentos musicais como o cravo, o clavicórdio e a flauta, o grande uso do contraponto e a presença da harmonia tonal, são características marcantes da música barroca. A própria música vocal passou a utilizar também o apoio de violinos, cravos e órgãos portáteis. Desde criança, Vivaldi foi incentivado a tocar tais instrumentos e, mais tarde, seria considerado também uma importante referência também na arte polifônica.

De 1660 a 1750, período que engloba a vida de Vivaldi, predomina uma música vocal instrumental voltada para o texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. As melodias são simples, acompanhadas por acordes, facilitando a compreensão do texto. Daí também a popularidade de Vivaldi junto às pessoas que não circulavam entre a realeza e os intelectuais.

Cabe a Vivaldi o maior triunfo do concerto grosso. Sua principal característica era evitar a monotonia através das artes da orquestração, utilizando-se da alternância entre os solistas e a orquestra e da diversidade das formas, entre as quais se encontram fugas e variações. Sua influência foi marcante, posteriormente, nas obras de Bach, Haendel, Tartini, Locatelli e outros, além de ter também papel muito importante na elaboração da sinfonia clássica.

Por ironia do destino, Vivaldi faleceu na cidade de Viena que depois de Veneza se transformaria na capital artística da Europa com músicos como Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert e Brahms.

Surpreendentemente, Vivaldi ficou totalmente esquecido durante 200 anos. Sua obra esperou até a metade do século 20 para ser redescoberta pelo musicólogo Marc Pincherle e o pianista Alfredo Casella. Este último organizou, em 1939, a histórica Semana Vivaldi. Desde então, Vivaldi voltou a ser um dos compositores mais tocados.

     
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