Coleção Folha de Música Clássica

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13 - Berlioz

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Contexto histórico

Colaboração para a Folha Online

A Sinfonia fantástica, de Berlioz, composta em 1830, marcou época na história da música do século 19. Trata-se da primeira grande realização da chamada "música de programa", gênero que viria a ser consolidado pouco depois, na obra de Franz Liszt, e se tornaria um dos mais característicos do Romantismo.

Mais do que utilizar-se do texto literário como inspiração, os compositores procuravam com os "poemas sinfônicos" reproduzir os diversos episódios ou assuntos contidos nele, chegando a "imitar" ruídos, como batidas em portas e mesmo passos em escadas. No caso da Sinfonia fantástica, por exemplo, Berlioz quis contar a história de um artista obcecado por sua paixão --na verdade, o compositor estava contando sua própria história de amor em relação à atriz inglesa Harriet Smithson.

A Sinfonia fantástica é um bom exemplo para entender esse tipo de composição e foi organizada em cinco movimentos - "Devaneios e Paixões", "Um baile", "Cena nos campos", "Marcha rumo ao cadafalso" e "Sabá das Feiticeiras". No primeiro movimento, o artista se descobre apaixonado. No segundo, vê sua amada valsando em um baile. No terceiro, busca esquecê-la viajando para longe. No quarta, o artista sofre uma alucinação, pensa ter matado a amada e imagina ter sido condenado à guilhotina. No quinto, a mulher morta levanta do túmulo e transforma-se em bruxa.

A cada movimento, os instrumentos procuram sugerir efeitos sonoros que vão "narrando" a história ao ouvinte. Na estréia da Sinfonia fantástica, o público presente à apresentação recebeu um livreto que explicava o conteúdo de cada movimento, para que pudesse acompanhar a "narrativa" e seus desdobramentos. Este tipo de "música com bula" foi um sucesso à época. E virou moda, quase uma febre.

A música de Berlioz, além de ter inaugurado a era dos poemas sinfônicos, situa-se numa vertente do Romantismo que se contrapõe àquele representado por Felix Mendelssohn, este um tanto quanto conservador e, de certa forma, ainda tributário da estética classicista. O Romantismo de Berlioz é mais progressista, já não se prende a formas rígidas, busca expressar estados emocionais e irá abrir caminho para uma corrente musical que desembocará na obra revolucionária de Richard Wagner.

     
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